Estação Ferroviária de Barrinha, São Paulo, Brasil
- Fotografia e Nostalgia
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Estação Ferroviária de Barrinha, São Paulo, Brasil
Barrinha - SP
Fotografia
A Estação Ferroviária de Barrinha necessita de manutenção, restauro, limpeza, etc.
Era pertencente a Companhia Paulista de Estradas de Ferro.
É uma verdadeira sobrevivente!
Texto:
A Estação de Barrinha foi aberta em 1903, como uma das estações do então ramal do Mogi-Guaçu. Antes desta, porém, havia ali desde 1885 um porto fluvial com esse nome, construído e operado pela mesma Companhia Paulista em sua navegação do rio Mogi, entre Porto Ferreira e Pontal (a navegação foi encerrada em 01/05/1903). Esse porto deu origem à cidade.
A estação foi construída em terras da fazenda São Martinho, uma das fazendas da família Prado. Estes decidem lotear as terras ao redor da estação após a geada do café de 1918 e a crise de 1929. As primeiras famílias teriam chegado nessa época. Em fins de 1929, com a retificação e alargamento da bitola do trecho entre Guatapará e Bebedouro, pela margem direita do rio Mogi, incorporando todo o antigo ramal, a estação passou a ser parte integrante da linha-tronco da Paulista. Em 1933, a empresa Bevilacqua inaugurou linhas de ônibus ("jardineiras") entre a estação, Ribeirão Preto e Sertãozinho, de acordo com os horários das chegadas e partidas dos trens, para fazer concorrência com os trens da Mogiana, como as linhas da Paulista eram melhores, em Barrinha já com bitola larga e parte do tronco desde 1930, os habitantes dessas cidades preferiam as estradas de terra num trecho de cerca de 30 km e pegar esse trem em Barrinha do que enfrentar a historicamente ruim linha da Mogiana para São Paulo ou Campinas. Ela funcionou como uma estação de passageiros bastante movimentada, até o cancelamento do trem de passageiros, no início de 1998. Era nessa estação que, por muitos anos, até os anos 1980, o pessoal de Ribeirão Preto tomava o trem Pullmann para São Paulo, vindo de jardineira ou de automóvel. Isso evitava também as inevitáveis baldeações da Mogiana em Passagem, Guatapará ou Campinas, para quem seguisse pela Paulista nessas cidades. No início dos anos 1940, a Shell, a Atlantic e a Gulf Oil decidiram estabelecer junto à estação terminais para distribuição de gasolina para toda a região próxima a Barrinha, o que fez aumentar o movimento de cargas também para aquela estação. A média diária de trens nessa época que cruzavam nessa estação era de doze, nos dois sentidos, metade de passageiros. A cidade é elevada a município em 1953. Em novembro de 1998, na bilheteria fechada, ainda estava afixado um papel com os dizeres: "O trem de passageiros para Barretos está suspenso a partir de 09.02.1998". Ainda existia, no final de 1998, um espaço para o chefe da estação, mas também havia famílias morando em alguns cômodos, visto que a estação é grande. Está razoavelmente bem conservada externamente, embora as telhas da cobertura da plataforma estejam caindo. Em 2011, O prédio da estação estava sendo utilizado pela Prefeitura como biblioteca municipal e centro de inclusão digital com apoio do Governo Federal (não está mais). A cor azul dos prédios é a predominante na bandeira e brasão do município (não está mais nessa cor). Há dois armazéns: um menor em frente à estação (separado pelos trilhos) e outro maior no final do pátio utilizado por particular. O armazém menor, hoje utilizado para eventos, chama a atenção pelo assoalho todo em pranchões de madeira, o que não é comum em armazéns. Texto do Estações Ferroviárias do Brasil.
Nota do blog 1: Estação operada pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro (1903-1971) e Fepasa (1971-1998).
Nota do blog 2: Segundo informações que obtive no local, a estação será reformada e voltará a ser utilizada (ao menos para cargas). Realmente, estavam acontecendo obras no local, mas apenas nos trilhos (na estação, não). Ficamos na torcida para que seja verdade...
Nota do blog 3: Data 2025 / Crédito para Jaf.
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